Food intolerance - Special formulas

(Children with food intolerance or any other disease that prevent digestion/food absorption, need special formulas to survive and these formulas are imported and very expensive. The Pregomin was withdrawn from the Brazilian market overnight (from the world market too according to the manufacture), without notice, putting children at risk! These children are hostages of their own illness and their own personal circumstances and do not deserve to be treated as "lab rats" having to be submitted to hospitalization, sudden change to other formulas, tests, pain and stress, all at once just because one company decided not to produce the medicine that most of them take for many years.)

domingo, 10 de outubro de 2010

Alergia Alimentar - Atenção para os Sintomas para evitar diagnóstico tardio!

ALERGIA ALIMENTAR

Inicialmente gostaria de salientar que não sou médica ou nutricionista e que, tudo o que escrevo é baseado no que estudo e na experiência em ter um filho alérgico, sempre com o propósito de evitar que outras crianças não sofram as consequências de um diagnóstico tardio como o meu filho, que foi submetido ao leite de vaca durante todo o primeiro ano de sua vida, apesar de ter ficado internado aos cuidados da equipe de dois dos melhores hospitais do Rio de Janeiro.

Entretanto, saliento que o acompanhamento com médico especialista é fundamental pois alergias alimentares (AA) não diagnosticadas corretamente são fatores de risco para reações anafiláticas graves e algumas vezes fatais. Além disso, exclusões desnecessárias de alimentos podem acarretar em prejuízos nutricionais, psicológicos e sociais ao paciente - Um diagnóstico bem estabelecido é solução correta para que sejam tomadas medidas profiláticas, terapêuticas e para o prognóstico da doença.

O sistema imunológico combate os invasores estranhos ao corpo usando os anticorpos. Quando esses invasores são bactérias e vírus perigosos, a resposta imunológica é necessária e desejável. No caso da alergia alimentar, a resposta imunológica seria desnecessária, as proteínas do alimento são reconhecidas como estranhas e isso acaba por deflagrar respostas indesejáveis, além de causar diversos problemas.

As reações adversas a alimentos (sintomas indesejáveis após sua ingestão), podem ser classificadas em reações não imunológicas e reações imunológicas. Aqui tratarei somente das Reações Imunológicas.


Reações imunológicas - Alergia Alimentar

As AA são reações adversas a alimentos decorrentes de alterações no sistema imunológico em indivíduos geneticamente predispostos. Nas pessoas alérgicas, as proteínas do alimento são reconhecidas como estranhas pelo organismo, e isso acaba por deflagrar respostas indesejáveis.

As hipersensibilidades, de modo geral, são classificadas em quatro grupos, de acordo com o mecanismo imunológico envolvido (Classificação de Gel e Coombs) e respondem pela maioria das reações de alergia a alimentos:

a) mediadas por imunoglobulinas E (IgE, tipo I) - apresentam caráter imediato, de segundos até cerca de duas horas após a ingestão do alimento responsável.Vasodilatação periférica, broncoconstrição e queda de pressão arterial conseqüente à constrição de vasos centrais podem ocorrer, levando aos diferentes quadros clínicos observados. Os sintomas podem manifestar-se em tecidos isolados ou apresentar caráter sistêmico.

b) reações por citotoxicidade dependente de anticorpos IgG (tipo II)

c) reações pela deposição de imunocomplexos (tipo III)

d) mediadas por linfócitos T (tipo IV) - são caracterizadas por sintomas mais tardios, horas ou dias após a ingestão do alimento e são representadas principalmente por manifestações gastrointestinais.


Como reflexo das demais doenças atópicas, as alergias alimentares vêm aumentando sua prevalência nas últimas décadas, conseqüência da mudança de hábitos sociais e alimentares. Estima-se que 6% a 8% de crianças e 1,5% a 2,5% dos adultos são acometidos por alguma forma de alergia por alimentos.

Estudos vêm demonstrando que um grupo de oito alimentos é responsável por 80% a 90% das reações alérgicas: leite, ovo, trigo, soja, amendoim, castanhas (nozes, amêndoas, castanha-do-Pará, pistache, avelã), peixes e frutos do mar.

Também devemos ficar atentos aos aditivos alimentares (corantes, conservantes, edulcorantes, espessantes etc.)

Por experiência própria, recomendo atenção às embalagens de alimentos em geral e bulas de medicamentos - um mesmo medicamento, apenas por serem produzidos em laboratórios diferentes, possuem substãncias (veículo, corante, aromatizante, etc) diferentes. Cuidado com a troca da marca do medicamento. Meu filho fez reações à medicamentos por causa do veículo. Atualmente, muita medicação destinada a ele é manipulada.

Atenção aos Sintomas

As AA podem acometer diversos órgãos e tecidos, dependendo da predisposição genética do indivíduo e do mecanismo imunológico envolvido.

As manifestações mais relacionadas com reações do tipo I (IgE mediadas) são: Urticária aguda, angioedema, crises de broncoespasmo e anafilaxia. Apresentam início rápido e maior chance de óbito quando comparadas às reações tardias. Sintomas respiratórios (asma, rinite) como manifestações isoladas de alergia alimentar são extremamente raros, apresentando-se quase sempre associados a sintomas cutâneos e/ou gastrointestinais. Raramente há a associação de alergia a alimentos com urticária crônica.

Manifestações gastrointestinais também podem ser mediadas por IgE, como é o caso da síndrome da Alergia Oral (pacientes sensíveis a aeroalérgenos (pólens) apresentam prurido e edema na região perioral e orofaringe quando ingerem determinadas frutas e vegetais frescos, em razão  da reação cruzada entre as proteínas do pólen e destes alimentos e que, pela labilidade térmica destas proteínas, as reações não ocorrem quando os alimentos são cozidos antes da ingestão)  e das “anafilaxias gastrointestinais”.

Manifestações respiratórias e otorrinolaringológicas na alergia alimentar

Rinite induzida por AA - Alguns sintomas nasais, como rinorréia, obstrução nasal, espirros e coriza, são freqüentemente associados à ingestão de alimentos. A rinite ocorre geralmente associada a outras manifestações clínicas, cutâneas ou gastrointestinais, raramente manifestando-se como sintoma único.

Otite média secretora induzida por AA - A otite média serosa (OMS) apresenta múltiplos fatores sendo as infecções virais do trato respiratório a causa mais comum. No entanto, o papel das alergias alimentares nas otites médias de repetição tem sido muito discutido pois existem alguns relatos em lactentes que apresentam otites médias de repetição, da presença de complexos de IgG com proteínas de alimentos, em especial do leite de vaca, o que poderia contribuir para a inflamação do ouvido médio. Além disso existe relato de quase 45% na prevalência de alergia alimentar entre pacientes com otite serosa de repetição.


ALERGIA AO LEITE DE VACA

Este é um diagnóstico eminentemente clínico. Deve ser diferenciado dos casos de “intolerância”, em que ocorre prevalência de sintomas gastrointestinais em função de distúrbios em reações enzimáticas. Muitos avanços recentes sobre a alergia ao leite de vaca ainda não apontam para a solução do problema a curto prazo. A alergia é causada em crianças por proteínas que não existem normalmente no leite humano e que são introduzidas na nova alimentação do bebê. As proteínas do leite mais envolvidas na alergia são as caseínas, a beta-lactoglobulina e a alfa-lactoalbumina.

A "
alergia verdadeira" é causada pelas imunoglobulinas E (IgE), em resposta à presença destas proteínas consideradas como antigênicas pelo sistema imunológico. A IgE causa liberação de substâncias vaso-ativas por alguns tipos de células, que causam problemas. É de suma importância ressaltar que o uso exclusivo do leite humano até aos seis meses de vida, reduz significantemente a incidência cumulativa de alergia ao leite de vaca, durante os primeiros 18 meses de vida.

Nos adultos, a alergia pode ser considerada rara, parecendo ser mais comum em mulheres. Entretanto, pessoas de todas as idades podem apresentar alergia às proteínas do leite de vaca pela primeira vez, desde a adolescência até a idade adulta.

Segundo um dos médicos do meu filho, " 5% das crianças que permanecem com os sintomas de alergia alimentar após os 5 anos de idade. Em geral, estes casos progridem com a alergia até a idade adulta e há diversos casos de adultos que não podem ingerir leite de vaca e derivados, realizando uma dieta seletiva deste alimento." Apesar de normalmente as fórmulas hipoalergências serem usadas em crianças, normalmente até e 2 anos de idade, muitas outras crianças e até mesmo adultos podem necessitar fazer uso da fórmula para terem garantidos o seu direito a uma vida digna, sem sofrer com disnutrição ou ausência de determinados nutrientes necessários para a sobrevivência.

Embora o leite de vaca esteja implicado com problemas de alergia, cerca de 50% das pessoas apresentam alergia simultânea às proteínas de outros alimentos, incluindo ovos, soja, amendoim, achocolatados, laranja, peixes e trigo. Cerca de 50 a 80 % das pessoas que apresentam alergia ao leite também podem apresentar alergia a inalantes alergênicos, como pólen, pêlos de animais, mofo, poeira de carpetes etc.

Sintomas da alergia ao leite de vaca

Diagnosticar alergia às proteínas dos alimentos requer muitas análises por parte dos médicos. A alergia pode ocorrer em mais de um alimento e os sintomas são os mais diversos. Isto torna difícil distinguir se os sintomas são devidos à alergia ao alimento ou a outros problemas. Os sintomas da alergia podem ser classificados em seis tipos:


Sistema Gastrointestinal
Sistema Respiratório
Olhos
Cólica, Vômito
Diarréia, Sangue nas fezes
Constipação, Gases
Colite, Náusea
Nariz escorrendo, Espirros, Tosse, Congestão,Asma, Bronquite,Coceira no nariz,Sintomas de gripe,Respiração difícil
Olhos lacrimejantes
Olhos vermelhos
Círculos escuros
Coceira
Conjuntivite
Sistema Nervoso Central
Pele
Outros sintomas
Irritabilidade
Perda de sono
Tontura prolongada
Dor de cabeça, Cansaço
Eczema, Dermatite
Urticária, Vermelhidão
Coceira
Inchamento dos lábios, boca, língua e garganta
Infecção no ouvido
Perda de peso
Sudorese em excesso
Baixo rendimento escolar
Dificuldade de convivência Depressão
Choque anafilático

Geralmente, mais de um sistema do corpo estão envolvidos nas reações alérgicas. Os sintomas são diversos e podem surgir imediatamente ou até várias horas ou dias após a ingestão do alimento.

Tipo 1 – Os sintomas iniciam dentro de 45 minutos da ingestão de pequenas quantidades do alimento, causando principalmente problemas na pele, eczema e urticária. Pode também apresentar problemas respiratórios (nariz escorrendo, chiado etc.) ou gastrointestinais (vômito e diarréia). Estas crianças normalmente têm concentração de IgE elevada.

Tipo 2 – Os sintomas iniciam diversas horas após a ingestão, apresentando, principalmente, sintomas de vômito e diarréia.

Tipo 3 – Os sintomas aparecem depois de 20 horas, ou até mesmo dias, após a ingestão, incluindo diarréia, com ou sem reações respiratórias ou na pele.

IMPORTANTE: A alergia que se manifesta rapidamente tende a ser facilmente diagnosticada e é detectada no teste da pele (IgE). Por outro lado, a alergia que se manifesta muito depois da ingestão não é facilmente diagnosticada e tende a produzir doenças crônicas que às vezes, não são relacionadas facilmente com sua causa.
Se o leite for excluído da dieta por dois a três anos, a pessoas tem cerca de 80 % de chances de tolerar leite em pequenas quantidades. Estudos tem sugerido que, aproximadamente, um terço das crianças e adultos perdem a condição de alérgicos após evitarem os produtos de laticínios que causam a alergia por dois ou três anos. Entretanto, os pacientes com hipersensibilidade a amendoim, nozes, peixes e crustáceos raramente perdem sua condição de alérgicos. Além disso, estes quatro alimentos é que causam a maioria das reações alérgicas que podem causar a morte por choque anafilático. O tempo necessário para a alergia desaparecer depende da severidade da reação inicial.

Finalmente, gostaria de salientar que, a participação da família é muito importante, como reconhece com grande sabedoria o pediatra que acompanha meu filho - como  se trata de uma enfermidade de difícil diagnóstico  e a equipe médica não está 24 horas com a criança, é a família quem tem condição de observar detalhadamente os sintomas  para informar  e questionar a equipe de saúde.  Todas as informações passadas pela família podem fazer a diferença nesse tipo de diagnóstico. 

5 comentários:

  1. Adorei o post. Compartilhei no Facebook e no Twitter. Bjos. Kelly.

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  2. Concordo com você as crianças estão sendo reféns. Este leite precisa voltar a ser comercializado. Bjs. Verônica.

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  4. gostaria de saber tenho alergia a castanha do pará vai irritando a garganta como se fosse uma queimadura vai fechando nao consigo engolir mais e perde o gosto dos alimentos...

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